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NAPI-EC promove 1ª Conferência Paranaense de Emergência Climática com foco em ações e pesquisa científica

NAPI-EC promove 1ª Conferência Paranaense de Emergência Climática com foco em ações e pesquisa científica

Publicado 12/6/2024, 3:00:15 PM, última modificação 12/6/2024, 3:33:02 PM
Com o tema central de mitigar os impactos da emergência climática, a conferência reuniu mais de 200 participantes presenciais e um público extenso em transmissões online, destacando o crescente interesse da sociedade e das autoridades públicas na temática

A cidade de Foz do Iguaçu foi palco da 1ª Conferência Paranaense de Emergência Climática, realizada entre os dias 3 e 4 de dezembro. O evento é promovido pelo Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Emergência Climática, com apoio do Governo do Paraná e de instituições como a Fundação Araucária e a Itaipu Binacional.

Discussões relevantes e agenda diversificada

A programação incluiu palestras, painéis e mesas-redondas com especialistas de renome nacional. O destaque da abertura foi a palestra do climatologista Carlos Afonso Nobre, vencedor do Nobel da Paz, que abordou a importância de ações coordenadas para mitigar os impactos das mudanças climáticas. Além disso, o evento discutiu temas como eventos climáticos extremos recentes — enchentes, secas e queimadas — e promoveu a exposição de 68 projetos de pesquisa desenvolvidos no Paraná e em outros estados.

O professor Francisco de Assis Mendonça, coordenador do NAPI e pesquisador da UFPR, enfatizou a importância de aprofundar o conhecimento científico e propor medidas práticas. "A ideia é avançar no conhecimento sobre as mudanças climáticas e levantar medidas e ações para que seja possível enfrentar, com base na ciência, os impactos e os riscos associados à emergência climática", destacou.

Liderança paranaense na pesquisa climática

O Paraná se consolida como referência ao integrar pesquisadores de oito universidades, incluindo UFPR, UTFPR, UEL, UEM, UEPG, Unioeste, Unicentro e PUCPR. Essa rede, inédita no Brasil, desenvolve estudos para adaptação de atividades urbanas, industriais e agrícolas aos cenários climáticos extremos.

De acordo com o diretor de Ciência e Tecnologia da Secretaria da Ciência Tecnologia e Ensino Superior, Marcos Aurélio Pelegrina, o trabalho do NAPI evidencia o pioneirismo do estado. "Este é o primeiro Napi do Brasil a reunir pesquisadores de várias instituições com esse propósito, evidenciando o planejamento do Estado frente aos desafios climáticos globais” , afirmou.

Impactos e metas globais

Os pesquisadores do NAPI trabalham para elaborar um inventário das emissões de gases de efeito estufa (GEE) no estado, além de propor medidas alinhadas aos compromissos do Protocolo de Paris e à NDC Brasileira. O objetivo é não apenas mitigar os impactos das mudanças climáticas, mas também preparar o Paraná para cenários futuros marcados por eventos extremos.

Os debates e resultados da conferência deverão contribuir para a formulação de políticas públicas mais robustas, garantindo que o estado esteja preparado para os desafios impostos pelos cenários climáticos futuros.

UTFPR Campus Campo Mourão participa com destaque na conferência

Além das diversas contribuições científicas apresentadas no evento, a UTFPR – Campus Campo Mourão marcou presença com a participação do professor Reginaldo Ré, um dos palestrantes convidados da conferência, que apresentou avanços em tecnologias de software e inteligência artificial voltadas para a conservação da biodiversidade, fortemente ameaçada pelas emergências climáticas. Como membro do Centro de Competência em Desenvolvimento de Software e Inteligência Artificial, o professor destacou duas soluções inovadoras desenvolvidas no contexto do NAPI Emergência Climática.

Entre os resultados apresentados estão o CaretSDM, que incorpora o que há de mais moderno em Modelagem de Distribuição de Espécies, e o ChooseGCM, a única solução mundial capaz de apoiar a escolha de Modelos Globais de Clima do CMIP6 para estudos de distribuição de espécies. Ambas as ferramentas, escritas em linguagem R, representam contribuições significativas para o enfrentamento dos desafios impostos pelas mudanças climáticas.

Fonte: Unioeste

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