Equipe de robótica competitiva da UTFPR-CT comemora pódios nacionais e internacionais em 2022
A Crossbots, equipe de robótica competitiva do campus Curitiba da UTFPR, comemora resultados históricos em competições nacionais e internacionais em 2022. O grupo conquistou o ouro, a prata e o bronze em três diferentes categorias do Salão da Robótica, competição nacional realizada em Curitiba. Outro destaque foi o segundo lugar na categoria Antweight na Robocore Experience, a maior competição do tipo da América Latina.
“A equipe conseguiu resultados muito bons esse ano, batendo de frente e muitas vezes vencendo diversas universidades de renome. Com o aprendizado obtido através deste sucesso, a tendência é a UTFPR se consolidar como uma das principais universidades brasileiras no cenário da robótica de competição”, comemora um dos coordenadores da equipe, o professor Daniel Rossato, do Departamento Acadêmico de Eletrônica (DAELN).
Disputas de 2022
No Salão da Robótica, a Crossbots conquistou o ouro na categoria Seguidor de Linha, que engloba robôs autônomos. Ou seja, “projetos feitos para resolver algum desafio ou derrotar um adversário sem receber comandos externos, tudo a partir de sensores e lógica de programação”, explica Gabriel Berkenbrock, estudante de Mecatrônica e integrante da equipe.
A Crossbots também ficou em segundo lugar no Mini-sumô autônomo e com o bronze na Antweight, categoria de combate em que os robôs são controlados por rádio com o objetivo de nocautear o adversário. Os resultados são inéditos para a equipe da UTFPR.
Já na Robocore Experience, a Crossbots conquistou o segundo lugar na categoria Antweight, com o robô Smilinguido, derrotando times tradicionais nas lutas. Na categoria Seguidor de Linha, o robô Arthas foi considerado o mais veloz do Paraná. “O Seguidor de Linha, tem uma pista pré-definida, composta por uma linha branca em um tablado preto, onde o robô deve percorrer o trajeto no menor tempo possível, sem intervenção externa, enquanto faz as tomadas de tempo, exigindo uma aplicação bem grande de conceitos de lógica de programação e sistemas de controle”, detalha Gabriel.
Robótica competitiva
A robótica competitiva engloba disputas entre equipes, majoritariamente universitárias. Durante os eventos, os robôs duelam em categorias, divididas frequentemente entre robôs autônomos e de combate. Para as lutas, as equipes precisam projetar os robôs dentro dos pesos exigidos nas competições e também contar com as habilidades do piloto e do co-piloto durante os duelos.
“Todos os eventos seguem uma receita comum, em que todos os robôs têm restrições impostas pelas suas respectivas categorias, sendo a maioria inspecionada antes de competir, justamente para garantir a segurança dos competidores. Depois parte-se para o chaveamento e, normalmente, com eliminação dupla: chave dos vencedores e chave dos perdedores. É necessário ser derrotado duas vezes para ser eliminado”, explica Gabriel.
De acordo com o professor Daniel, a participação dos estudantes nessas competições é importante para a formação profissional e também afetiva. “A experiência que os alunos obtêm neste ciclo de projeto e montagem dos robôs, preparação e competição é até difícil de mensurar. A responsabilidade adquirida, maturidade, trabalho em equipe, sem contar todo o conhecimento técnico que só é obtido com um projeto testado em condições reais, faz uma diferença significativa na formação de nossos estudantes. A amizade e companheirismo construídos na emoção das competições também é algo a ser levado pra vida toda, inclusive com membros de equipes de outras universidades”, afirma.
Crossbots
A equipe de robótica competitiva do campus Curitiba da UTFPR existe há 12 anos e atualmente conta com 53 integrantes. Atualmente a Crossbots conta com doze robôs, divididos em sete categorias. São três mini-sumôs, três antweights, um beetleweight, um hobbyweight, dois seguidores de linha, um trekking e um artbot.
A equipe é multidisciplinar e composta por estudantes de diferentes cursos. Há membros do design, da eletrônica, da mecânica e da programação trabalhando no desenvolvimento dos projetos. Os integrantes de gestão e marketing atuam na imagem e no funcionamento da Crossbots. Por fim, há cargos de liderança, como gerentes de projeto, diretores de área e a capitania, composta por um capitão e um vice, responsáveis por comandar a equipe ao longo da temporada anual.
“Com certeza os troféus são muito significativos, ainda mais conseguir, novamente, um da maior competição da América Latina. É uma demonstração palpável dessa conquista e dá um gás maior para voltarmos ano que vem com foco em dominar tudo que pudermos, principalmente na Antweight, agora falta só o ouro e é em 2023 que ele vem”, finaliza Gabriel.