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Mestranda recebe prêmio por criar jogo para crianças sobre astronomia

Mestranda recebe prêmio por criar jogo para crianças sobre astronomia

Publicado 2/19/2020, 12:32:54 PM, última modificação 10/31/2022, 9:17:31 AM

Você já imaginou aprender astronomia na escola de um jeito diferente? Esse é o projeto da mestranda do Programa de Pós-Graduação em Formação Científica, Educacional e Tecnológica (PPGFCET) do Câmpus Curitiba da UTFPR, Vanessa Simões da Silva Oliveira. Ela criou um jogo de tabuleiro que simula as órbitas dos planetas em que cada aluno recebe uma nave espacial para explorar o sistema solar. A iniciativa faz parte da sua dissertação do mestrado e está relacionada ao ensino de astronomia nos anos iniciais do ensino fundamental, com o uso e produção de jogos para o ensino da Astronomia. Os trabalhos foram feitos sob a orientação do professor Marcos Florczak,

Foto: Freepik

O “Explorando o Espaço” pode ser jogado por até seis pessoas e, para iniciar o jogo, os alunos sorteiam uma carta de missão que indicam algumas informações que o grupo precisa encontrar entre os planetas que devem explorar, como temperatura, tempo de rotação, tempo de translação, presença de anéis, presença de satélites e composição.

O objetivo do jogo é encontrar todas as informações descritas na missão e voltar à Terra sem que nenhuma nave tenha ficado sem combustível.

A aplicação do jogo foi feita em alunos do 5º ano da Escola Municipal Jaguariaíva, local em que Vanessa é professora de ciências. As aulas aconteceram durante o mês de novembro do ano passada, na semana dedicada para comemorar o Dia Mundial da Ciência pela Paz e Desenvolvimento e que, no ano passado, coincidiu com o trânsito de Mercúrio, um fenômeno astronômico em que o planeta passou a frente do Sol, sendo possível vê-lo da Terra com telescópios equipados.

Por isso, além do jogo, os alunos usaram uma luneta, confeccionada por Vanessa, para poderem ter noções sobre os primeiros instrumentos de observação dos Astros. “Claro que eles só podiam observar objetos que tinham na escola, não podendo apontar para o Sol em hipótese alguma. O objetivo era apenas verem como seria o funcionamento dela’, afirma. A luneta foi confeccionada com tubo de PVC, lente de 1 grau e monóculo.

A inciativa da mestranda foi a vencedora do projeto da International Astronomical Union (IAU), na categoria Prêmio de Evento Mais Inovador. A premiação analisou os eventos que mais inspiraram e educaram de maneira única e inovadora os alunos e professores das escolas visitadas sobre astronomia. Mais de 500 eventos e atividades ocorreram em 70 países em todo o mundo no projeto global da IAU100.

 Como prêmio, Vanessa receberá materiais para trabalhar o ensino da astronomia com os alunos.

“Só tenho a agradecer as várias pessoas que tem caminhado comigo nessa vida de estudos do ensino da astronomia nos anos iniciais, principalmente meus alunos que embarcam nas minhas loucuras pedagógicas. Só o fato de terem gostado do meu trabalho, já fico feliz, me mostra que estou no caminho certo”, completa Vanessa da Silva.

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