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Parceria com pesquisador da UTFPR produz hidrogênio verde

Parceria com pesquisador da UTFPR produz hidrogênio verde

Publicado 6/1/2022, 9:09:52 AM, última modificação 10/31/2022, 9:47:18 AM
Processo inédito é feito pela produção do hidrogênio de forma renovável

Foto: Freepik

Um processo inédito de produção do hidrogênio de forma renovável é o resultado de um projeto de parceria entre um pesquisador do Campus Apucarana, Fernando Alves da Silva, e uma empresa produtora de biogás.

A obtenção do biogás é feita a partir de resíduos das usinas de açúcar e álcool, como a vinhaça e torta de filtro. Já a produção do hidrogênio é feita por reforma catalítica a vapor (método de produzir hidrogênio a partir de hidrocarbonetos, por exemplo) do biometano. “O principal benefício é que estamos conseguindo produzir hidrogênio de maneira renovável”. Atualmente, os processos de produção em larga escala, segundo o pesquisador Fernando, ocorrem a partir da petroquímica.

“As tecnologias de produção de hidrogênio são bem variadas, mas nós conseguimos aliar uma matéria-prima renovável e de baixo valor agregado (por se tratar de um resíduo industrial) a um processo relativamente barato (comparado aos processos térmicos empregados nas indústrias de química pesada) devido ao uso de catalisador, possibilitando gerar o hidrogênio que tem alto poder energético e muito valor agregado”, explica.

De acordo com dados da Agência Internacional de Energia (IEA), das cerca de 70 toneladas de hidrogênio produzidas mundialmente, 76% são produzidas a partir do gás natural, que é de origem fóssil e contribuinte às emissões de gases de efeito estufa.

Com a tecnologia, a expectativa do acordo é trocar o gás natural pelo biometano, ou seja, “o hidrogênio cinza (de origem fóssil) se tornará hidrogênio verde”, completa.

Na UTFPR, o professor conta com a colaboração do aluno de Engenharia Química, Felipe Antonio Dela Rosa, como voluntário de Iniciação Científica. O termo de cooperação foi firmado em maio deste ano com a empresa Geo Biogás & Tech e tem previsão de conclusão em novembro de 2022.

Na universidade, a pesquisa tem como principal objetivo desenvolver um catalisador e avaliá-lo na reação de produção de hidrogênio. A GEO, por sua vez, cede o biogás produzido e tratado para os testes.

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