Pesquisa finalista mostra o uso de redes neurais artificiais em construções
O uso de redes neurais artificiais para ser utilizado no desenvolvimento de modelos de sustentabilidade pata edifícios habitacionais é o tema da tese finalista do 24º Prêmio CBIC de Inovação e Sustentabilidade na Categoria Pesquisa Acadêmica com o trabalho: "O potencial das Redes Neurais Artificiais como suporte para o desenvolvimento de Índices de Sustentabilidade para os Edifícios Habitacionais (ISE-H)".
O trabalho feito pelo pesquisador do Campus Curitiba, Carlos Alberto da Costa (Cabeto), está concorrendo na final da categoria pesquisa acadêmica com outras duas produções, uma da Universidade Federal da Bahia e outra da Universidade Federal de Itajubá. A tese foi desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PPGEC) da UTFPR, de 2016 a 2021 e sob orientação do professor Cezar Augusto Romano.
Para a etapa final, a escolha será feita através de voto popular no site da premiação.
Os estudos realizados pelo professor demonstram que é possível utilizar as redes neurais artificiais para projeções de índices de sustentabilidade ao realizar projetos de edifícios habitacionais.
“Se por um lado, a indústria da construção civil gera emprego, renda, impostos, riqueza e bem-estar, por outro, usa intensa e deleteriamente recursos naturais, além de muitos resíduos e representar um alto risco à vida dos trabalhadores. O conceito de sustentabilidade tem mudado o modo de planejar, projetar, construir, operar, manter os edifícios e até desconstruir e destinar seus resíduos”, explica o professor.
As redes neurais artificiais são modelos computacionais inspirados no sistema nervosos central e são capazes de realizar o aprendizado de máquina e reconhecimento de padrões.
Com essa ferramenta, segundo o pesquisador, será possível que arquitetos e projetistas, tomem as melhores decisões em seus projetos e canteiros de obras ao avaliar os índices de sustentabilidade das construções.
“Até então, os métodos de análise da sustentabilidade na construção civil mais reconhecidos, se concentram em estratégia e soluções voltadas aos aspectos ambientais. Nem sempre avaliando objetivamente os resultados obtidos ou os impactos gerados, inclusive nas dimensões social e econômica”, complementa.
A pesquisa utilizou como modelo um edifício de referência e utilizou índices como transporte público, reaproveitamento de materiais e recursos naturais, ciclo de vida do edifício, segurança e conforto do usuário, além de recursos humanos e financeiros.
“As Redes se mostraram como alternativa muito viável, com forte potencial para agregar grande quantidade de variáveis (indicadores) e gerar índices que revelam a distância para melhor, em relação ao modo convencional de construção, expressando diferentes níveis de sustentabilidade dos edifícios construídos no Brasil”, explica o pesquisador.
Para o professor Carlos Alberto, outra vantagem da pesquisa é com relação aos custos relativamente baixo desta implantação “Exigiria apenas recursos intelectuais (equipe) e de aplicativos de simulação e de redes neurais artificiais”, completa.
A fase final para escolher o primeiro colocado será pelo voto na internet até o dia 30 de novembro. Os vencedores serão conhecidos no dia 07 de dezembro, em Brasília.
A votação pode ser feita pelo celular pelo link da premiação, na categoria Pesquisa Acadêmica.