Professor cria modelo 3D para conversor binário-decimal
O professor do Campus Ponta Grossa, Matheus Pereira Postigo, criou um modelo de uso didático para impressão 3D de um conversor binário-decimal de 10 dígitos. A invenção chamou a atenção de editores da revista australiana Diyode que publicaram uma matéria sobre o conversor.
Segundo o pesquisador, a ideia do modelo veio em 2022, quando ele estava em busca de um que pudesse imprimir, porém, os que encontrava eram complexos ou pouco atrativos. Postigo criou o seu modelo e o disponibilizou de forma online para acesso gratuito. “Como o modelo ficou satisfatoriamente bom e bastante simples de imprimir, imaginei que outras pessoas poderiam querer usar”, destaca.
Alguns meses depois, Postigo recebeu o contato da revista. “Como a Diyode é uma revista de eletrônica, que tem como um de seus temas os circuitos lógicos, acredito que o interesse na divulgação surgiu pela simplicidade e facilidade de impressão do modelo criado, aliado a economia de material e ao fato de não requerer peças externas, como parafusos e hastes metálicas”, explica o professor.
De acordo com Matheus Postigo, o conversor é um modelo primariamente didático. “Serve para explicar as vantagens e a lógica do sistema binário, traduzindo as informações dele para o nosso sistema, o decimal. Também consegue fazer o oposto: traduzir um número decimal para o sistema binário”.
Entre as vantagens apontadas pelo pesquisador, está no fato do modelo ser uma versão física que não precise de baterias, é fácil de imprimir e montar e consideravelmente barato.
“Neste sistema, que usa só 0 e 1, operações matemáticas podem ser feitas por circuitos eletrônicos e é bastante usado em circuitos lógicos e programação”, complementa.
O professor do Departamento de Química, destaca que sempre teve interesse por sistemas numéricos. “Esse sistema de plaquetas é bem comum, mas os modelos que existem online são muito 'gourmetizados', cheio de detalhes desnecessários. Em vez de modificar um existente, resolvi modelar um do zero por diversão, já que na época eu estava aprendendo a usar os programas de modelagem”, comenta.
A principal utilidade do modelo de conversor está no ensino das relações entre os sistemas numéricos binários e decimais. Postigo explica que, em regra, as pessoas estão acostumadas ao uso do sistema decimal no dia a dia, mas os computadores e circuitos lógicos usam o sistema binário. Para demonstrar essa relação, o conversor é bastante útil. “A maior vantagem da versão impressa é a durabilidade e o fato de não ser um aplicativo, podendo ser usado em qualquer aula. E podemos dizer que não depender de celular ou internet é um charme dele”, conclui.
Com informações Ascom-PG