Energia
Pensado como solução para os custos de se manter piscinas aquecidas, um projeto de motor eólico está sendo desenvolvido no Câmpus Cornélio Procópio. O motor, criado pelo professor Celso Naves de Souza, pretende ser uma alternativa de baixo custo e com diversas aplicações possíveis.
Com o nome “Rotor Eólico Futura ADZ”, o projeto foi planejado a partir do conceito da “Turbina de Savonius”. Consiste em um tipo de turbina eólica de eixo vertical que, junto a uma bomba, filtro e sistema solar, gera energia para realizar o aquecimento e movimentação de uma piscina, eliminando, assim, os custos com energia elétrica. “O funcionamento é bem simples: basicamente é substituir o motor elétrico por um motor eólico usando os outros componentes já consagrados no mercado, de fácil acesso e manutenção, presentes nas lojas especializadas em piscinas”, explica o professor.
Celso Naves de Souza, do Departamento de Mecânica, contou com a colaboração de dois alunos na elaboração do motor: Guilherme Barroso Viegas, formado em Engenharia Mecânica, e Agenor Furlan Neto, graduando do curso de Tecnologia em Mecânica. Inicialmente, o projeto surgiu como tema para o Trabalho de Conclusão de Curso de Guilherme. Em seguida, Agenor deu continuidade com a construção do protótipo, em que foi utilizado um tambor de aço reaproveitado, seguindo o ideal de sustentabilidade.
Segundo estudos de projeção da equipe pesquisadora, a inovação é bastante viável economicamente. Os custos de mercado para instalação de aquecimento elétrico chegam a R$ 1.840, além do gasto mensal de R$ 1 mil, e o de aquecimento conjugado solar/elétrico tem custo de aquisição de R$ 4,5 mil, além do gasto mensal de R$ 100. Em contrapartida, o equipamento eólico tem um custo único de R$ 1.334,70.
O protótipo foi apresentado ao público na 9ª Feira da Ideia, realizada no Câmpus Cornélio Procópio entre os dias 9 e 13 de novembro. A proposta da feira é convidar os alunos do Câmpus a compartilharem suas ideias inovadoras.
Devido ao potencial eólico da região de Cornélio Procópio, o professor chegou a ser procurado para instalar o rotor em equipamentos para gerar energia elétrica, processo similar ao de fazendas de geração de energia elétrica comumente encontradas na Europa. O professor prevê continuidade da pesquisa e reforça o vasto potencial do projeto, sobretudo pelo seu caráter eco-friendly. “Esse projeto me surpreendeu, pois despertou um grande interesse em algumas pessoas sensíveis à sustentabilidade do planeta, em todos os níveis, principalmente nos alunos formandos e investidores que visitam o evento”, afirma Souza.