Pesquisador participa do desenvolvimento de teste que usa celular para detectar Covid e Influenza em saliva
O pesquisador do Campus Medianeira, Oldair Donizeti Leite, está participando da equipe de desenvolvimento de um teste molecular portátil que fará identificação dos vírus Covid-19 e Influenza A em amostras de saliva. Segundo o grupo, a proposta consiste em novo ensaio genomagnético baseado no uso de partículas magnéticas modificadas com sondas de DNA de fita simples para a detecção eletroquímica de RNA dos vírus SARS-CoV-2 e Influenza. Para os estudos foi utilizado um smartphone como interface de detecção.
O método desenvolvido foi aplicado em amostras de saliva de indivíduos saudáveis e infectados com COVID-19 e Influenza A e demonstrou com sucesso a capacidade para o diagnóstico com duas doenças. Os resultados apresentaram respostas semelhantes às obtidas pela reação em cadeia da polimerase por transcrição reversa em tempo real (RT-PCR), considerada técnica padrão ouro, demonstrando a confiabilidade e a capacidade de um método como alternativa para o diagnóstico de COVID-19 e Influenza
Os resultados estão publicados em um dos periódicos mais importantes da área, a revista internacional Biosensors and Bioelectronics. O artigo demonstra que esse método se destaca pela simplicidade e eficácia, em comparação com RT-PCR, apresentando vantagens em termos de tempo de análise, preparação simplificada da amostra e baixo custo, fatores desejados para aplicações como teste comercial.
Outra vantagem é o uso de um celular como interface de detecção, o que abre caminho para aplicação fora de centros especializados, fazendo com que o teste possa ser realizado em locais com menor infraestrutura.
Participam das pesquisas, além do professor Oldair Leite, os pesquisadores Daniel Júnior Almeida dos Santos, Tássia Regina de Oliveira, Gabriela Martins de Araújo, Henrique Pott-Junior e Ronaldo Censi Faria, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); Matias Eliseo Melendez, do Instituto Nacional do Câncer no Rio de Janeiro (INC- RJ); e Ester Cerdeira Sabino, do Instituto de Medicina Trocipal da Universidade de São Paulo (IMT – USP).
Os pesquisadores agora estão trabalhando no aperfeiçoamento do teste para melhorar a sensibilidade do método, possibilitando a aplicação para detectar o vírus também no período de latência e, paralelamente, buscando parcerias com empresas para uma possível implementação comercial do teste.