Da UTFPR à USP e à Amazônia: ciência em prol do meio ambiente

A trajetória de uma engenheira formada da UTFPR Londrina mostra como a paixão pela ciência e o compromisso com o meio ambiente podem levar uma carreira muito além da sala de aula. Sua história integra a campanha “Egressos em Destaque: nossos Embaixadores!”, que celebra os 20 anos de transformação em Universidade Tecnológica — valorizando quem leva a marca da Universidade para o mundo.
Caroline Fernanda Hei Wikuats ingressou em 2012 no curso de Engenharia Ambiental e Sanitária, em um período em que o campus ainda estava em expansão e oferecia poucos cursos. O ambiente colaborativo e o contato próximo com professores e colegas contribuíram para o surgimento de oportunidades que definiram seu caminho profissional.
Uma das primeiras experiências marcantes foi a iniciação científica com a Profa. Leila Martins, no Laboratório de Análises em Poluição do Ar (Lapar), em parceria com o Laboratório de Eventos Atmosféricos Extremos (EAE), coordenado pelo Prof. Jorge Martins. Foi ali que ela descobriu o interesse pela poluição atmosférica — tema que viria a acompanhar toda a sua trajetória — e teve a chance de participar de congressos científicos e apresentar trabalhos na área.
Entre 2015 e 2016, Caroline viveu uma das experiências mais transformadoras de sua formação: o intercâmbio pelo Programa Ciência sem Fronteiras, cursando dois semestres de Engenharia Ambiental na Universidade do Colorado, em Boulder (EUA), e realizando um estágio de verão na Universidade de Nevada, em Las Vegas. Além de reforçar sua base acadêmica, o período no exterior ampliou sua visão sobre a engenharia e despertou ainda mais o desejo de seguir pesquisando as ciências atmosféricas.
De volta ao Brasil, ela concluiu o mestrado em Engenharia Ambiental na UTFPR, sob orientação das professoras Leila Martins e Katia Prates, e, posteriormente, o doutorado em Meteorologia pela Universidade de São Paulo (USP), orientada pelos professores Maria de Fátima Andrade e Thiago Nogueira. Suas pesquisas concentraram-se na poluição atmosférica e em seus efeitos sobre a saúde.
Atualmente, atua como Assistente de Pesquisa em Física Atmosférica no Laboratório de Física Atmosférica da USP, coordenado pelos professores Paulo Artaxo, Alexandre Correia, Luciana Rizzo e Luiz Machado. Suas atividades incluem a manutenção de equipamentos científicos, o apoio a campanhas de amostragem atmosférica e as análises laboratoriais de amostras ambientais.
O trabalho também a conecta à Floresta Amazônica, por meio da colaboração com o Observatório de Torre Alta da Amazônia (ATTO) — uma das principais infraestruturas internacionais dedicadas ao estudo da meteorologia e dos processos atmosféricos. Lá, Caroline participa da calibração e manutenção de instrumentos de monitoramento e de medições de propriedades atmosféricas, aquáticas e florestais, que ajudam a compreender o impacto das mudanças climáticas no planeta.
Hoje, Caroline segue aprendendo e contribuindo para a ciência com o mesmo entusiasmo que começou na UTFPR. Com serenidade e propósito, ela reconhece que cada passo — da iniciação científica em Londrina às pesquisas na Amazônia — foi construído com base sólida e oportunidades que nasceram dentro da universidade.