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Previsão de demanda por Ar-condicionado em Residências Brasileiras é tema de artigo internacional recém publicado

Previsão de demanda por Ar-condicionado em Residências Brasileiras é tema de artigo internacional recém publicado

Publicado 9/17/2024, 7:17:38 PM, última modificação 9/17/2024, 7:18:35 PM

Os professores do Departamento de Engenharia Mecânica, Ismael de Marchi Neto, Rafael Sene de Lima, Renan Manozzo Galante, Ricardo de Vasconcelos Salvo, Roger Nabeyama Michels, juntamente com o ex-professor do Campus Londrina, Rodrigo Corrêa da Silva, e com o ex-aluno, Gabriel Guilhen Tocchio, publicaram na semana passada um artigo no periódico Journal of Building Engineering, intitulado “Forecasting Demand for Air Conditioning in the Brazilian residential sector (Previsão de Demanda por Ar-condicionado no Setor Residencial Brasileiro)”.

A pesquisa, fundamentada no enfrentamento de temperaturas elevadas e baixa umidade em algumas regiões do país, contrapondo a questão da estiagem, objetivou avaliar o uso atual de ar-condicionado no setor residencial brasileiro, tentando prever sua demanda futura. Para tanto, a metodologia da pesquisa incorporou dados climáticos monitorados por 265 estações meteorológicas ao longo de oito anos. Usando correlações empíricas, o estudo determina as temperaturas médias internas e aplica o padrão ANSI/ASHRAE para conforto térmico. Isso permite estimar o número médio de dias de refrigeração (CD) e aquecimento (HD) necessários, ou seja, os dias em que o uso de ar-condicionado é necessário para atingir o conforto térmico.

Os dados da pesquisa revelaram que o consumo de ar-condicionado no Brasil está entre os dez maiores do mundo. A demanda de eletricidade para ar-condicionado no setor residencial triplicou nos últimos doze anos, enquanto a posse de aparelhos cresceu 9% ao ano. “Esse aumento deve continuar nas próximas décadas devido ao crescimento populacional, rendas mais altas e preferências por conforto térmico”, destacam os autores.

O estudo também projeta o consumo de eletricidade para refrigeração residencial até 2035, levando em conta fatores como crescimento populacional, posse de aparelhos, capacidade de refrigeração e eficiência dos equipamentos. Em 2022, o Sudeste teve o maior consumo de eletricidade para refrigeração, com 12,06 TWh. A pesquisa prevê que esse consumo pode chegar a 44,77 TWh até 2035, embora a melhoria na eficiência dos aparelhos possa reduzir esse valor para 33,51 TWh.

O estudo recomenda que políticas energéticas futuras enfatizem o uso eficiente de ar-condicionado e padrões mais rígidos de eficiência energética (EER).

Confira o artigo na íntegra: bit.ly/3XMFFlK.

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