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Obras das Usinas Fotovoltaicas avançam no Campus

Obras das Usinas Fotovoltaicas avançam no Campus

Publicado 5/28/2024, 5:05:40 PM, última modificação 5/28/2024, 5:26:25 PM
A estimativa é que a instalação dos equipamentos que vão permitir o funcionamento do sistema esteja finalizada até o mês de junho.

A Usina Fotovoltaica - também conhecida como Central Fotovoltaica - é um sistema de geração de energia solar construído para a produção de energia elétrica. Os painéis fotovoltaicos convertem a luz do sol - energia luminosa -  diretamente em energia elétrica para ser injetada nas instalações elétricas. A estimativa é que a instalação dos equipamentos que vão permitir o funcionamento das usinas fotovoltaicas no Campus Ponta Grossa , da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), esteja finalizada até o mês de junho.

A Usina Fotovoltaica funciona a partir da instalação de painéis solares, que produzem energia elétrica em corrente contínua, portanto, eles precisam de um inversor fotovoltaico para converter essa energia em corrente alternada, permitindo a conexão com as instalações de qualquer casa ou empresa conectada à rede no Brasil.

Um dos responsáveis pelo processo de instalação das usinas fotovoltaicas no Campus, o professor e Engenheiro Elétrico, Percio Luiz Karam De Miranda, diz que os inversores entregam a energia produzida pelos painéis fotovoltaicos na tensão de 380 Volts. “A energia gerada pelos painéis solares é em corrente continua, por isso, precisa dos inversores, equipamento que faz a interface com a rede de energia elétrica do Campus, que utiliza corrente alternada na tensão de 220V. O inversor precisa de uma rede de 380 Volts e a nossa rede tem 220 Volts, por isso, é necessário o uso do transformador para compatibilizar os níveis de tensões”, explica.

Para proteger esses equipamentos - inversores, transformadores e os quadros de proteção – foram construídos abrigos. Essas construções estão espalhadas por todo o campus, um entre os blocos K e L que atenderá ambos os espaços, outro que irá atender os blocos I, G e H. No J1 os equipamentos ficaram em um abrigo anexo, já no J2 foi possível fazer a instalação no interior do próprio bloco.

Segundo o professor Percio o objetivo desses abrigos é permitir que o inversor fique o mais próximo possível do local de instalação das placas, para que os cabos não precisem ser longos, e também para garantir a proteção dos equipamentos. “Tem que ficar protegido. O material eletrônico tem certa sensibilidade e não pode operar no tempo”, destaca.

O professor Frederic Conrad Janzen, que também auxilia no acompanhamento das obras de instalação das Usinas Fotovoltaicas, comenta que o ideal era que os inversores ficassem em cima dos telhados, para estarem o mais próximo das placas que foram instaladas nesses locais, mas isso não é possível em função do peso e do tamanho dos equipamentos, por isso, optou-se pelas construções. Ele ressalta que, além de atender essa demanda, os abrigos também facilitam o acesso aos equipamentos o que torna mais prática e eficaz a manutenção.

Funcionamento da obra

Na terça-feira, 21, de maio o equipamento instalado no bloco J2 já estava em pré-operação. Segundo o professor Percio o bloco J1 também já está pronto para operar. “Falta só apertar o botão”, decreta. A estimativa é que as usinas dos blocos K, L, G e H estejam concluídas até o final do mês de maio.

O que marca o final do processo de instalação é o relatório de vistoria e medição. É através desse documento que a universidade apresenta para a Copel o que está concluído. É necessário apresentar evidências, por exemplo, fotos da instalação dos equipamentose no caso das placas fotovoltaicas devem obrigatoriamente possuir o SELO PROCEL. A Copel também pode, mesmo com a apresentação do documento, realizar vistorias no local.

O relatório pode ser apresentado parcialmente, sendo necessário para que ocorra o repasse da verba. Percio explica que o documento estando aprovado é feito o repasse financeiro do que já está concluído. Ele estima que todas as obras de instalação estejam finalizadas até o mês de junho. Mas para que asusinas fotovoltaicas possam estar 100% em funcionamento será necessária também a reforma da subestação de entrada. Outra obra que também será custeada pela Copel, mas por tratar-se de outro setor da empresa, as aprovações ainda estão em trâmite.

O Professor Percio conta que durante a realização da obra de instalação das Usinas Fotovoltaicas no campus, em janeiro deste ano, foi aprovada uma nova norma quanto aos requisitos de segurança e, por esse motivo, a adequação da subestação é necessária, mas enfatiza que já está trabalhado junto a Copel e a FUNTEF, que é a gestora do contrato, para que seja feito o aditivo ao processo de licitação.

Investimentos

De acordo com a Lei Federal N. 9.991, todas as concessionárias de energia elétrica devem destinar 1% do seu lucro líquido para Projetos de Eficiência Energética. Desse montante 0,5% deve ser investido em Pesquisa e Desenvolvimento, exemplo, desse tipo de ação é o projeto coordenado pelo Campus Curitiba , que estuda a tecnologia das placas nos diversos campi da UTFPR, inclusive em Ponta Grossa , onde há uma estrutura instalada próximo ao prédio da biblioteca.

O outro 0,5% deve ser investido em Projetos de Uso Final, que engloba ações como troca de lâmpadas, troca de geladeiras e motores e fonte incentivada. Na universidade foram realizadas ações como troca de lâmpadas e a instalação de fonte incentivada com as Usinas Fotovoltaicas, que vão gerar energia.

Essa ação deve trazer ao campus uma economia mensal de 35 mil, mas isso não gera prejuízo para a Copel.  Percio esclarece que a fatura é dividida em duas partes o produto efetivamente consumido que é a energia e a tarifa de uso do sistema. “Se fosse numa compra comum que você faz na internet, a tarifa seria como o frete cobrado para entregar o produto. A Copel Distribuição não produz, ela compra e distribui. Ela ganha pelo transporte”, acrescenta.

As usinas que estão sendo construídas no Campus Ponta Grossa irão operar no sistema de compensação de energia, fornecendo energia nos momentos de geração e recebendo energia quando a geração é inferior ao consumo, motivo pelo qual continua pagando pelo transporte, ou seja, a tarifa de uso do sistema.

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