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Artigo do grupo de pesquisa TFESP é capa de revista da Universidade de Oxford

Artigo do grupo de pesquisa TFESP é capa de revista da Universidade de Oxford

Publicado 8/21/2024, 4:34:08 PM, última modificação 8/22/2024, 1:14:19 PM
O trabalho de mestrado estudou o uso de cães em missões de resgate operadas por bombeiros

Um artigo científico do Grupo de Pesquisa Treinamento Físico-Esportivo: Saúde e Performance (TFESP) é capa de agosto de uma revista da Universidade de Oxford. A pesquisa foi desenvolvida com base em um estudo de mestrado dos estudantes Luiz Gustavo Pimenta, Capitão do Corpo de Bombeiros, Carla Molento, Leonardo Farah e Cintia Rodacki, orientados pelo professor Anderson Caetano Paulo, no Programa de Pós-Graduação em Educação Física (PPGEF) da UTFPR-CT.

“Entregar um projeto de alto nível com alto impacto e com uma repercussão dessa é algo que só podia imaginar nos melhores dos cenários. Muita gratidão por vencer mais essa etapa, e colocar mais um tijolo no muro de sucesso do TFESP. Agradeço a todos os envolvidos, ao nosso grupo de pesquisa de excelência, ao CBMPR por viabilizar a pesquisa, e aos nossos queridos cães pelo maravilhoso apoio nesse trabalho dignificante que é salvar vidas”, compartilha o Capitão Luis Gustavo Pimenta, do Corpo de Bombeiros do Paraná. 

A Pesquisa

De acordo com o professor Anderson, a pesquisa procurou analisar quais os impactos nas respostas fisiológicas e musculares em bombeiros durante missões de busca e resgate quando usam um cão preso à guia. Para tal, dez bombeiros divididos em duplas e três cachorros foram utilizados em uma simulação de resgate da sede Neoville da UTFPR-CT.

Na situação, uma vítima fictícia se deslocou por 2,5 km e cada dupla de bombeiros realizou a busca em duas condições experimentais: um conduziu o cão e o outro acompanhou o deslocamento. Durante a atividade, foram medidas variáveis cardiometabólicas, como a pressão arterial, nível de dor e desempenho muscular, além do número de desequilíbrios ocorridos pelo percurso.

Os principais resultados do experimento demonstraram uma redução na força para agarrar a guia do cão para o bombeiro que conduzia o animal. Isso traz consequências importantes, pois em uma situação de resgate, o bombeiro precisa carregar ou puxar a vítima. Com a força reduzida, as chances de queda aumentam. 

Além disso, foram quantificados cinco vezes mais desequilíbrios, especialmente tropeços e escorregões, nos bombeiros conduzindo os cães. Comparativamente, de acordo com o artigo, nos Estados Unidos há uma média de 80 mil lesões ocupacionais, como fraturas e distensões, registradas em bombeiros por consequência de quedas e desequilíbrios. 

Com esses resultados, é possível contribuir com a criação de estratégias para diminuir essas lesões e otimizar o desempenho de operadores caninos no corpo de bombeiros e outras unidades que trabalham com manejo de cães.




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