Estudante da UTFPR é uma das vencedoras de prêmio internacional de design

A estudante Nayany Ferreira Bastos Mocelin, do curso de Design Gráfico, da UTFPR Campus Curitiba , foi uma das cem vencedoras do IF Design Student Award 2025, uma das mais prestigiadas premiações internacionais de design estudantil. A cerimônia de premiação ocorreu no dia 20 de junho, na Espanha, reunindo jovens talentos do design de todo o mundo.
O prêmio recebeu mais de 7 mil inscrições de 74 países. Nayany é uma das três brasileiras premiadas, ao lado de estudantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSul) e da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). O projeto desenvolvido por Nayany foi reconhecido pelo impacto social, cultural e educativo, demonstrando um forte alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).
Nayany é natural de São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Crescer na periferia a fez perceber o quanto é desafiador conquistar oportunidades, o que a motivou a buscar novos horizontes na UTFPR em Curitiba , em busca de mais visibilidade, emprego e qualidade de vida. Ver os desafios enfrentados por artistas periféricos a inspirou a criar o projeto "Aulas Cria", um espaço acessível que valoriza saberes locais, conecta artistas e promove novas oportunidades a partir da vivência periférica.
“A gente cresce achando que esse tipo de coisa nunca vai acontecer com a gente, principalmente vindo da periferia, onde prêmios de nível internacional parecem distantes demais da nossa realidade. Ainda nem caiu totalmente a ficha. Mas posso dizer com certeza, é possível sonhar, e é preciso sonhar alto, porque a gente pode, sim, alcançar lugares que antes pareciam inimagináveis”, comenta Nayany. Ela ainda acrescenta: “esse reconhecimento mostra que a arte e o design produzidos nas periferias têm potência e relevância não só local, mas também internacional. Quando um projeto como o Aulas Cria, que nasce a partir da vivência periférica, é premiado e apresentado em outros países, ele abre espaço para que novas narrativas ganhem visibilidade, narrativas que geralmente não chegam aos grandes centros”.