Estudante de Engenharia de Computação conquista bronze na Olimpíada Brasileira de Satélites

Lucas Yukio Fukuda Matsumoto, estudante de Engenharia de Computação da UTFPR Campus Curitiba , conquistou medalha de bronze da Olimpíada Brasileira de Satélites. A 4ª fase nacional do evento aconteceu em Parnamirim, no Rio Grande do Norte, no Centro de Lançamento Barreira do Inferno, entre os dias 25 de agosto e 1º de setembro.
“Foi muito gratificante ver o esforço sendo recompensado, e uma grande oportunidade de conhecer outras soluções, estudantes e profissionais da tecnologia, no CVT-E da Agência Espacial Brasileira, dentro do CLBI”, comenta Lucas. O projeto apresentado pelo estudante se chama CapSat, em homenagem às capivaras. A estrutura do equipamento é de alumínio aeronáutico, com hardware microcontrolado, sistema embarcado, sensores, e alimentado por placa solar e baterias.
“O equipamento coleta dados para construir um perfil de voo com fusão de sensores, analisar a variação do gradiente de temperatura devido à inversão térmica, medindo também a concentração de gases poluentes e particulados, e fotografar plumas de poluição, com classificação por visão computacional. A programação segue o padrão de projeto orientado a objetos, e tem paralelismo por sistema operacional FreeRTOS. A estação base possui uma antena com sistema de guiamento altazimutal automatizado, também operado com microcontrolador. Os dados são transmitidos via LoRa do CubeSat para a estação base, salvos em um banco de dados, e também armazenados no próprio satélite como backup”, explica.
Competição
Para preparação da competição, foram meses de elaboração de relatório técnico, com os dados obtidos no voo estratosférico da fase 3. Também foram realizados diversos testes de componentes eletrônicos e aprimoramentos de software, e reuniões com o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) para a fabricação da estrutura de alumínio. Lucas participou de minicursos da própria comissão organizadora da Olimpíada Brasileira de Satélites, além de tutoria da professora de física Angela Cararo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
O lançamento foi em foguete suborbital contendo paraquedas, desenvolvido pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), a partir da plataforma do Centro de Lançamento de Barreira do Inferno (CLBI), em Parnamirim, no Rio Grande do Norte. Após o lançamento, a Força Aérea Brasileira (FAB), com apoio da Marinha, seguiu para a recuperação da carga útil.
O estudante também participou da missão 215, uma simulação espacial no Habitat Marte. Lucas auxiliou na construção de uma nova base chamada Cosmic Habitat, realizou instalações elétricas, como também participou do treinamento de transporte subaquático de equipamentos e simulação de atividades EVA com traje espacial.