Projeto NAPI Eletrônica Orgânica recebe apoio da Fundação Araucária
O NAPI (Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação) Eletrônica Orgânica foi contemplado com apoio financeiro da Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Estado do Paraná. O projeto é composto por pesquisadores das UTFPR Curitiba, Toledo e Londrina, além de participantes de outras instituições (UEPG, UEL e PUC-PR).
Os grupos envolvidos atuam em pesquisa e desenvolvimento de materiais (moléculas, polímeros, nanomateriais e eletrodos) e na fabricação e caracterização de dispositivos como células solares, sensores óticos e resistivos. Os projetos de pesquisa no âmbito do NAPI são direcionados a aplicações nas áreas de desenvolvimento sustentável, energias renováveis, e cidades inteligentes.
A coordenadora do projeto, Andreia Gerniski Macedo - professora do Departamento Acadêmico de Física (DAFIS) e do Programa de Pós-Graduação em Física e Astronomia (PPGFA) - ressalta que os recursos do NAPI irão contribuir para a melhora da infraestrutura de pesquisa das instituições participantes e fortalecerão os programas de iniciação científica e de pós-graduação.
NAPIs
O conceito de Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação, NAPI, foi criado pela Fundação Araucária para incentivar e guiar a produção de conhecimento dos pesquisadores paranaenses. Os NAPIs são projetos que apresentam uma solução sociotécnica baseada em diferentes áreas de conhecimento para demandas da população e do Estado por desenvolvimento em setores estratégicos, como combate ao aquecimento global ou biotecnologia e saúde.
A Fundação Araucária recebe de pesquisadores de universidades de todo o estado propostas de projetos e apoia os projetos selecionados através de recursos financeiros para o desenvolvimento da pesquisa e a articulação de ações. Na UTFPR, existem diversos NAPIs que envolvem diferentes áreas do conhecimento.
NAPI Eletrônica Orgânica
Durante a elaboração da proposta do NAPI Eletrônica Orgânica, os pesquisadores buscaram identificar problemas apresentados pelas empresas da região, cujas soluções poderão ser encontradas na Eletrônica Orgânica. As pesquisas neste tema têm alto potencial para geração de produtos tecnológicos aplicados em diversos setores que demandam dispositivos optoeletrônicos e fotônicos, como energia, saúde, comunicação, segurança, saneamento e sensoriamento.
De acordo com a professora Andreia, na eletrônica convencional são usados semicondutores inorgânicos, como o silício, enquanto a eletrônica orgânica utiliza moléculas orgânicas como matéria-prima, além de outros sistemas a base de carbono, incluindo materiais biodegradáveis. Uma das vantagens da eletrônica orgânica é o baixo custo, tanto dos materiais empregados, quanto dos mecanismos de processamento.