Pesquisadores avaliam tratamento com hidroxicloroquina, cloroquina e antibióticos
Estudos realizados in silico com a combinação da hidroxicloroquina (HQ) e cloroquina (CQ) com antibióticos macrolídeos, como azitromicina, claritromicina ou eritromicina se mostraram eficientes na inibição do vírus SARS-CoV-2. O trabalho é realizado pelo professor do departamento de Química do Câmpus Londrina, Felipe de Almeida La Porta, em parceria com os pesquisadores Alexandre de Castro, Letícia Assis e Teodorico Ramalho, da Universidade Federal de Lavras (UFLA). O objetivo dos estudos é desenvolver o primeiro modelo teórico de co-cristais aplicados no tratamento do novo coronavírus.
Assim, na investigação, foi selecionada a combinação da HQ e CQ com antibióticos na proporção de 1:1, em seis sistemas de modelo co-cristal. Esses co-cristais exibiram propriedades físico-químicas melhoradas e diferentes aos medicamentos usados de forma isolada e, portanto, são considerados candidatos alternativos para diversas aplicações terapêuticas mais eficientes.
La Porta ressalta que os resultados teóricos providenciam uma nova perspectiva sobre a efetividade e toxicidade destes co-cristais para o tratamento do novo coronavírus, já que a combinação com azitromicina apresentou menor toxicidade, bem como foi mais efetiva na inibição do vírus SARS-CoV-2.
O novo trabalho intitulado “New in silico insights into the application of the (hydroxy) chloroquine with macrolide antibiotics co-crystals against the SARS-CoV-2 virus”, já está disponível para download na plataforma Research Square.
Os pesquisadores ressaltam, no entanto, que essa opção terapêutica potencial só pode ser utilizada na prática a partir de estudos clínicos rigorosos.