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Alunas desenvolvem repelente natural durante o curso

Alunas desenvolvem repelente natural durante o curso

Publicado 2/13/2020, 10:50:36 AM, última modificação 10/31/2022, 9:15:11 AM

Quatro alunas do curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia do Câmpus Dois Vizinhos desenvolveram um repelente vegano, natural, feito a partir de biomateriais. A inciativa aconteceu durante aulas da disciplina de Biomateriais do Câmpus, no projeto Progress3Bio.

Embalagem do produto criado pelas alunas (Foto: Acervo pessoal)

Os trabalhos do Progress3Bio tiveram início no segundo semestre do ano passado e são coordenados pela professora Samara Silva de Souza. Durante as aulas, as alunas Amanda Ferreira, Gabriela Sperotto, Ivânia Lovison e Renata Voitena criaram o Citrolex.

“A ideia surgiu a partir de uma das problemáticas do Câmpus, durante o período de calor, que são os insetos. Porém, não bastava ser um repelente comum, fizemos um repelente natural hidratante com embalagem de bioplástico feita a partir da citronela”, explicam as estudantes. A citronela foi escolhida, segundo elas, devido a abundância desta matéria prima no Câmpus.

“Além disso, a planta possui outras propriedades interessantes como seu frescor, intensidade cítrica, ação bactericida e fungicida, todas muito positivas para a composição”, destacam.

O produto foi idealizado em formato de spray para ser usado facilmente como repelente. Diferente dos produtos tradicionais, ele foi desenvolvido de forma inteiramente natural, é vegano e ainda contribui com a proteção e hidratação da pele. Outra vantagem é que ele também pode ser usado por crianças e gestantes.

“Transferimos o produto para uma embalagem com spray, para facilitar a aplicação do produto, que teve como resultado a repelência, o poder hidratante, o aroma agradável, em uma linda embalagem amiga do meio ambiente”,  completam as alunas.

Progress3Bio

O Progress3Bio faz com que os estudantes desenvolvam seus projetos em 15 aulas, durante 5 semanas contínuas. Em sua primeira versão, surgiram ideias inovadoras que vão desde curativos a base de pitanga, filmes de própolis e colágeno, filmes e pomada de babosa e colágeno, filmes de pectina, além do repelente com óleo de manga e citronela.

Para a coordenadora Samara Souza, a iniciativa acaba fazendo com que os alunos lidem com as dificuldades que possam existir no desenvolvimento de qualquer produto. “Eles percebem o quão difícil é uma aula prática na qual eles a desenvolvem e não apenas chegam e seguem um protocolo do professor. Eles precisam fazer todo o planejamento, encaminhar os materiais com antecedência, via planilha online, do que irão precisar a cada aula, saber organizar o tempo e trabalhar em equipe. Precisam desenvolver um protocolo experimental, com todas as metodologias e chegar ao final com seu produto”, finaliza.

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