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Cultivo de fungos pode substituir o isopor em embalagens

Cultivo de fungos pode substituir o isopor em embalagens

Publicado 11/5/2019, 10:22:22 AM, última modificação 10/31/2022, 9:15:09 AM

Para reduzir a geração de lixo não-biodegradável, uma startup do Câmpus Dois Vizinhos apresenta um modelo de negócio inovador e de grande potencial frente aos problemas ambientais causados pelos resíduos sólidos urbanos. Trata-se de um processo que estimula o crescimento de fungos comestíveis em resíduos e subprodutos agroindustriais, para substituir produtos derivados de fontes não renováveis, como aqueles produzidos a partir do petróleo: isopor, plástico bolha, embalagens descartáveis, protetores de choques mecânicos, além de componentes estruturais para confecção de móveis e da construção civil.

Imagem: Freepik

A startup Biocompósitos foi idealizada pelos alunos do curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia do Câmpus Dois Vizinhos Alisson Roegelin dos Santos e Matheus de Almeida Loureiro e pelo professor Francisco Menino Destefanis Vitola. Inicialmente a solução foi desenvolvida na forma de pesquisa acadêmica nos laboratórios do câmpus e consistia em uma série de testes para empregar diversas matérias-primas vegetais regionais para o crescimento de fungos, formando estruturas com propriedades interessantes e com grande potencial de mercado.

O processo de produção consiste em empregar materiais orgânicos para serem convertidos em materiais inovadores e biodegradáveis, os chamados biocompósitos.

Ao final deste processo, que está em fase de pedido de registro de propriedade intelectual, as peças (produzidas em moldes funcionais) são tratadas para conferir características mecânicas e dar acabamento estético para poderem ser comercializadas. “O objetivo é minimizar o alto impacto ambiental causado por esses produtos convencionais”, explica o professor Vitola.

Segundo Alisson Loureiro, atualmente, a startup vem projetando diversos modelos de produtos a serem desenvolvidos. "Estamos projetando virtualmente os modelos de produtos que possam ser substituídos por biocompósitos", afirma.

O projeto foi um dos contemplados da UTFPR no Programa Sinapse da Inovação do Paraná, organizado pela Fundação Araucária. O programa contou com 1.851 ideias inovadoras recebidas de todo o estado do Paraná. Ao final, 100 ideias foram aprovadas.

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