Novo método gera nanopartículas híbridas MP de modo mais rápido, econômico e sustentável
Uma pesquisadora da UTFPR desenvolveu um novo método para síntese de nanopartículas híbridas magnetoplasmônicas (MP), que podem ser produzidas de modo mais rápido, econômico e sustentável do que o modo convencional. O projeto obteve o 1º lugar na conferência internacional SBFoton Optics and Photonics 2024, realizada em Salvador.
O estudo foi desenvolvido pela mestranda Danielle Laskowski, sob a orientação do pelo professor Arandi Bezerra Júnior, do Programa de Pós-Graduação em Física e Astronomia (PPGFA) do Campus Curitiba .
As nanopartículas criadas combinam propriedades magnéticas e plasmônicas, permitindo aplicações em diferentes áreas. Na biomedicina, essas nanopartículas podem ser usadas como agentes de contraste em técnicas de imagem, terapias fototérmicas para o tratamento de câncer e na entrega controlada de medicamentos guiados por campos magnéticos. Outra possibilidade é a utilização nas telecomunicações, por terem a capacidade de operar na região do infravermelho próximo.
Já, na óptica e fotônica, destacam-se no sensoriamento molecular pela técnica de espectroscopia Raman (SERS). Segundo Laskowski, as nanopartículas desenvolvidas foram aplicadas com sucesso como substratos SERS, detectando pequenas quantidades de ureia e tioureia, resultados promissores para o desenvolvimento de sensores de alta eficiência.
Um dos diferenciais está no método para a síntese dessas nanopartículas. Por meio da ablação a laser em meio líquido, é possível produzi-las em menos tempo e com menor custo. Diferentemente de processos químicos tradicionais, além de ter esses atributos, a proposta também elimina a geração de contaminantes e etapas adicionais de pós-produção.
O reconhecimento veio com a 1ª colocação na conferência internacional SBFoton Optics and Photonics 2024 e o prêmio de mil dólares, pela contribuição para a área emergente da magnetoplasmônica.