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UTFPR explica: Como o eclipse ajuda a ciência?

UTFPR explica: Como o eclipse ajuda a ciência?

Publicado 4/9/2024, 12:23:15 PM, última modificação 4/9/2024, 1:20:01 PM
O evento também pode comprovar teorias e observações estalares anunciadas

Imagem do Observatório Nacional durante o fenômeno do dia 08 de abril

Sempre que um evento como o eclipse acontece, a população se mobiliza para assistir. Nos últimos dias, um eclipse total não foi visto no Brasil, mas movimentou os noticiários e turismo para os locais, os quais ele poderia ser visualizado.  

O anúncio também gerou repercussão entre os cientistas. Segundo o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Física e Astronomia do Campus Curitiba da UTFPR, Felipe Braga Ribas, o grande espetáculo de um eclipse total é a possibilidade de ver a atmosfera exterior do Sol, ou Coroa solar, caracterizada por enormes "flamulas".

“Elas são formadas pela interação do campo magnético solar com as partículas por ele expelidas para o espaço. Estamos nos aproximando do pico de atividade solar, que ocorrerá em 2025, o que deve proporcionar flamulas muito brilhantes e extensas para serem observadas durante esse eclipse. Além disso, os observadores poderão ver os planetas Vênus, Saturno e Mart a oeste (abaixo) do Sol e o planeta Júpiter a leste (acima). 

No caso deste eclipse de abril, o grande diferencial foi a presença do cometa 12P/Pons-Brooks, que ficou famoso por apresentar o que pareciam ser dois chifres, dando a ele o nome de cometa do diabo. “Mas só conseguiu vê-lo quem utilizou os equipamentos necessários.

O professor Felipe Ribas ressaltou ainda que, como o eclipse é uma ocultação estelar, isto é, um objeto do sistema solar bloqueando o brilho de uma estrela, durante um intervalo de tempo, é um bom momento para reforçarmos os conceitos da técnica e os grandes avanços que ela tem proporcionado.

“Graças à observação de eclipses de estrelas do céu noturno por pequenos corpos do Sistema Solar, hoje sabemos que os centauros (10199) Chariklo e (2060) Chiron, o planeta-anão (136108) Haumea e o objeto transnetuniano (50000) Quaoar possuem anéis ao seu redor”, completa o pesquisador que participou destas recentes descobertas.

Segundo ele, como consolo, já que não pudemos visualizar o eclipse desta semana, no dia 02 de outubro teremos um eclipse parcial visível do Paraná, o qual cerca de 15% do Sol será encoberto pela Lua.

Tipos de eclipse

O professor Felipe explica que existem três tipos de eclipses solar: eclipse parcial, quando parte do Sol é encoberto pela Lua; eclipse anular como o que foi visto no Brasil em outubro de 2023, quando a Lua apresenta um tamanho aparente menor que o Sol, então vemos um anel ao redor da Lua; e um eclipse tatal, como o do dia 08 de abril, quando a Lua oculta todo o disco do Sol, e vê-se apenas parte da atmosfera do Sol.

Descobertas

Entre as descobertas científicas já anunciadas durante um eclipse, o coordenador da UTFPR cita “a mais emblemática da ciência moderna: a comprovação da Teoria de Relatividade Geral de Albert Einsten feita em Sobral (CE) pelo próprio cientista e colaboradores, em 29 de maio de 1919.  

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