Startup com alunos da UTFPR disputa final de concurso no Health Business Summit
Uma startup que busca desenvolver soluções simples e de baixo custo para melhorar o tempo de convivência entre o idoso com Alzheimer e o seu cuidador. Esta é a proposta da Cuca, criada para disputar o concurso cultural “Tirando do papel ideias que salvam vidas”, da Health Business Org (HB-Org). Após conquistar no ano passado o primeiro lugar em um dos 15 eventos satélites da competição, agora a Cuca irá apresentar seu pitch na final, que acontece durante o Health Business Summit, nos dias 08 e 09 de abril, em Belo Horizonte.
Entre as soluções pensadas pela startup está um quebra-cabeça personalizado com uma foto que ajuda a resgatar a memória familiar do idoso. Enquanto o paciente resolve o quebra-cabeça, o cuidador pode descansar e ter um tempo de qualidade em sua rotina de trabalho. O jogo virou um produto, com as primeiras unidades já vendidas, e pode ser comprado pelo Instagram (no perfil @cuca.jogos).
Além dos produtos, a equipe da Cuca está desenvolvendo o site da startup, que será lançado em breve. Com isso, as vendas passarão para o site, que também irá disponibilizar jogos gratuitos. Após este lançamento, será a vez de desenvolver um aplicativo voltado para os cuidadores, com dicas de geriatras e terapeutas ocupacionais e possibilidade de troca de experiências entre os usuários.
A Cuca é formada por cinco estudantes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da UTFPR. Fazem Medicina na UFPR Evelize Behrens, Karen Ribeiro e Pedro Murad. Já os alunos da UTFPR são Iagor Carvalho, de Engenharia Elétrica, e Marco Antonio Przybysz, de Engenharia Mecatrônica. Entre os integrantes da startup, três possuem casos de Alzheimer na família. Por isso surgiu a ideia de atender pacientes dessa doença e pessoas que cuidam deles. “Sabemos o quão difícil é o dia a dia de cuidadores formais e informais. Então começamos a pensar em soluções para deixar esta rotina mais leve”, conta Iagor.
A equipe considerou, além da experiência pessoal, dados e estatísticas para desenvolver produtos voltados para pacientes de Alzheimer, uma doença que cresce exponencialmente, e cuidadores de idosos, grupo no qual o índice de depressão é alto. Aliada à busca por amenizar uma dor latente e crescente está a opção pela simplicidade e por um bom custo-benefício das soluções. “Percebemos que pensamos diferente de outros participantes da competição, que propunham soluções altamente tecnológicas e complexas para problemas específicos. E é exatamente esse nosso ponto forte: materializar a tecnologia para um idoso que tem dificuldade para acessá-la e dar voz a um cuidador de idosos que muitas vezes se sente sozinho e deprimido”, explica Iagor.
Caso fique em primeiro lugar na etapa nacional, a Cuca irá receber um prêmio de R$ 100 mil. Se isso acontecer, a equipe pretende investir todo o valor do prêmio no projeto, seja para o refino de ferramentas já desenvolvidas ou para a criação de novas.