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Publicado 4/4/2019, 2:10:24 PM, última modificação 11/3/2022, 5:38:28 PM
Cultura e educação de diversos países foram temas da Mesa-Redonda "Around the World: Desmistificando Fronteiras"

Com o viés de criar pontes e enriquecer o espírito empático em relação às culturas que nos cercam, na noite desta terça-feira, 2 de abril, no anfiteatro da UTFPR - Câmpus Pato Branco , aconteceu a Mesa-redonda "Around the World: Desmistificando Fronteiras".

A inciativa teve como foco, promover a socialização de conhecimentos relacionados à cultura e à educação em 9 países apresentados por seus respectivos representantes: Elnie Polynice Losier (Haiti), Raj Chetan Desai (Índia), Clara Fouquet (França), Cesar Caytuiro Tapia (Peru), Zhixiao Liang (China), Yamaç Yaman (Turquia), Alissa Matilda Purtilo (Finlândia), Carlos Chávez Trejo (México), Sofia Amalia Lund e Sara Elise Heist (Estados Unidos).

O evento que contou com lotação máxima, foi uma iniciativa dos acadêmicos do 5º período do Curso de Licenciatura em Letras Português-Inglês, com a supervisão das professorasSusiele Machry da Silva, Taisa Pinetti Passoni, Rosangela Marquezi e Marcele Garbin Dagios, do departamento acadêmico de Letras (DALET).

A programação teve abertura musical do artista Marcos Pohl que trouxe um repertório mesclado entre Rock, MPB e composições autorais. O evento foi dividido em 3 momentos: apresentação e explanação dos assuntos pela banca, um coffebreak e, novamente, apresentação e explanação dos assuntos pelos convidados, os quais focaram os aspectos culturais, linguísticos e, principalmente, educacionais de seu povo.

Na oportunidade, a coordenadora do Curso de Letras, professora Rosangela Marquezi, fez menção ao Papa Francisco que, nesta semana, voltando de sua visita ao Marrocos, disse, em relação à questão da migração na Europa, que “são necessárias entre as pessoas pontes e não muros”, pois “os muros são contra a comunicação, são a favor do isolamento e aqueles que os constroem tornar-se-ão prisioneiros”. Nessa reflexão, a coordenadora externou sua satisfação em relação ao evento: “para mim, a maior conquista deste evento foi a construção de algumas dessas pontes que nos levam em direção ao outro. Ao conhecer a cultura do meu semelhante eu não tenho apenas uma história única a seu respeito ou a respeito de seu país, porque quando me abro ao entendimento da cultura desse outro posso, enfim, dizer: eu te conheço e te respeito e você tem o mesmo direito que eu de ocupar esse espaço", declarou a coordenadora.

De maneira geral, para a acadêmica, Ana Will, uma das responsáveis pela organização, o evento foi bastante proveitoso. “A ideia era quebrar estereótipos associados a determinadas culturas e, ao meu ver, o evento conseguiu isso. Foi notável que o evento acabou "atiçando" a curiosidade da plateia para buscar conhecer mais sobre essas outras culturas e respeitar a diversidade que nos cerca. Nós abrimos espaço para um turco poder dizer que as pessoas no seu país são realmente "turcas", no sentido de gostarem de pechinchar, enquanto um chinês pôde mostrar a riqueza de sua cultura (que vai muito além de comidas estranhas) e uma francesa pôde dizer que sim, eles tomam banho! ”, comentou Ana. Outro aspecto relevante na opinião da acadêmica é que, além de oportunizar a socialização das informações, “as apresentações foram feitas em português por todos os estrangeiros que, mesmo com certa dificuldade, aceitaram o desafio. Isso serviu também para incentivar aqueles que estão estudando outras línguas, para que persistam e percam a timidez de comunicar-se em língua estrangeira”, acrescentou.

Para os estudantes engajados na preparação do evento, evidenciou-se o empenho e a vontade de a cada dia haver mais momentos como este. Mateus Palaoro, acadêmico do 5º período de Letras, comentou sobre o evento: “Foi um evento inédito, liderado por alunos, que trouxe novas visões sobre nosso país e dos convidados". Conseguimos também, arrecadar um significante número de alimentos. Tudo isso parecia meio distante quando estávamos organizando o evento no papel, mas superou nossas expectativas. Para resumir, foi ótimo! ”, declarou Mateus.

Os itens arrecadados como roupas de inverno, cobertores e alimentos não perecíveis, serão destinados a uma instituição beneficente e, dada a repercussão positiva do evento, os organizadores já estão pensando em uma segunda edição.

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