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Publicado 7/23/2021, 10:25:59 AM, última modificação 11/3/2022, 5:39:42 PM
Obras e reformas realizadas no Campus Pato Branco durante a pandemia somam mais de R$ 5,5 milhões

Imagem da fachada - projeto do Bloco J2

O ano de 2020, mais especificamente a partir do mês de março, até o presente momento, apesar de marcar um momento da história que todos ansiamos esquecer, em decorrência da pandemia, que mudou o cenário e as rotinas na Instituição, reduzindo quase integralmente a movimentação e circulação da comunidade acadêmica, está possibilitando realizar a execução de obras e reformas significativas de infraestrutura, na UTFPR, Campus Pato Branco, transformando alguns blocos e ambientes em verdadeiros canteiros de obras.

Com as edificações às vésperas de completar 30 anos, desde a construção original – à época (1988) projetadas para abrigar o então Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (CEFET-PR) – e outras estruturas herdadas da antiga Fundação de Ensino Superior (FUNESP), construídas há muito mais tempo, recebiam as manutenções e reparos mais essenciais, no entanto, inúmeras demandas de reformas efetivas faziam parte do planejamento, mas esbarravam na escassez de recursos e também em aspectos como limitações logísticas para as respectivas execuções.

Dentre as demandas emergenciais apontadas pelos estudos realizados pela equipe do Departamento de Projetos e Obras (DEPRO), em conjunto com a Diretoria de Planejamento e Administração (DIRPLAD), do Campus Pato Branco, e que encontram-se em andamento, desde março de 2020, se destacam quatro principais: substituição da cobertura dos blocos H, I e J; reforma do bloco O; construção de muro de arrimo e instalação de alambrado; e renovação/substituição do sistema de prevenção e combate a incêndio e pânico. O valor das obras estão elencados no quadro abaixo:

A definição de critérios para a realização destas obras e reformas, conforme explica o ex diretor-geral do Campus, professor Idemir Citadin, “foram aprovadas no Conselho de Campus e constam em ata. As economias efetuadas no ano de 2019 e que se enquadraram em Restos a Pagar, juntamente com os recursos provenientes da redução das despesas fixas, em 2020, devido à ausência de atividades presenciais, decorrentes da pandemia, foi possível economizar, praticamente, dois terços dos recursos de custeio do Campus, resultando na possibilidade de definir e licitar as obras e reformas mais emergenciais”, relatou Idemir.

Com base no levantamento e situação relatada pela Equipe do DEPRO, o sistema de prevenção e combate a incêndio e pânico do Campus, se apresentava em situação de necessidade emergencial, desencadeada pelo transcorrer do tempo. “As normas dos projetos de prevenção e combate a incêndio sofreram alterações com o passar do tempo e a finalidade de utilização de alguns ambientes, já não eram as mesmas, inclusive das edificações do então, CEFET”, informou o chefe do DEPRO, Roberto Carlos Carneiro. Outro dado que ficou evidenciado se referia à rede de ferro galvanizado dos hidrantes de combate a incêndio tanto das obras do então CEFET, que apresentam vazamentos (oxidações, tubulações danificadas) e na em PVC, das obras da FUNESP, “tornando o sistema inoperante em caso de incêndio”, destacou Carneiro. Nas estruturas, também “não haviam iluminações de emergências, rota de fuga, sistema de alarme, sensores de fumaça e de calor nos auditórios, corrimão e guarda corpo em algumas rampas, escadas, e auditórios, bem como de agentes extintores em função a atual ocupação e população”, justificou. Para a adequação dessa demanda, foi necessária a aprovação e unificação dos projetos do Campus a fim de atender o atual Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico (CSCIP), do Estado do Paraná, Polícia Militar do Paraná, Comando do Corpo de Bombeiros. Estima-se a conclusão da adequação até dezembro de 2021.

Outra demanda emergencial, iniciada no mês de janeiro de 2021, é a substituição de todo o telhado dos blocos H, I e J, que está em plena execução, com previsão de finalização, até novembro de 2021. A cobertura havia sido edificada, em 1988, em fibra de vidro e fibrocimento e, atualmente, apresentava inúmeros problemas de infiltrações e de conforto térmico aos ambientes. A nova cobertura está sendo realizada de acordo com o projeto elaborado pelo DEPRO, que especificou material com tecnologia moderna (telha trapezoidal TP 40 na parte inferior, com enchimento com lã de rocha e acabamento em telha zipada). As fachadas receberão fechamento em painel térmico acústico em PIR – (Espuma Rígida de Poliisocianurato).

O poliisocianurato, também conhecido como PIR, poliiso ou ISO, é um plástico termoendurecível tipicamente produzido como uma espuma e usado como isolamento térmico rígido. Dentre os benefícios apontados, de acordo com informações do DEPRO, “esse painel impede a transmitância térmica para os ambientes, proporcionando maior conforto térmico e acústico, consequentemente racionalizando o uso de condicionadores de ar”, informou Carneiro.

Para conduzir todo esse trabalho, nos blocos H, I e J, foi necessária uma operação sistemática e conjunta, conforme explicam os servidores que compõem a equipe do DEPRO. “A substituição do telhado foi realizada sem a retirada dos móveis e equipamentos dos ambientes e sem a interrupção das atividades acadêmicas, como alguns ensaios em laboratórios, pesquisas dos cursos de graduação e pós-graduação. Entretanto, para que as atividades das obras e acadêmicas fluíssem sem prejuízos, contamos com o apoio e compreensão da comunidade, a qual fazia uso daqueles ambientes”, destacou a equipe. A remoção da cobertura de 4300m² foi dividida em oito etapas, sendo que no momento que se iniciava a remoção da cobertura, até a instalação da estrutura nova e as telhas, os ambientes eram isolados ao acesso dos usuários, onde esses períodos não eram superiores a sete dias, (lembrando que início da remoção do telhado só iniciava com previsão do tempo com período igual ou superior a seis dias sem chuva). “Para evitar danos ao moveis e equipamentos dos laboratórios, instalamos lonas e, em alguns casos deslocamos para outros ambientes seguros”, complementou Carneiro.

Para o êxito no andamento de todos os trabalhos, a Equipe do DEPRO, que é integrada, também, pelos servidores Bruno Ricardo Wolff da Silva e Marcio Luiz Fernandes, acrescenta um detalhe importante: “lembramos que a compreensão dos responsáveis pelos laboratórios e dos usuários é fundamental para a evolução das obras, evitando acidentes e dando celeridade aos serviços”, ressaltaram.

Outra reforma que está em andamento, está ocorrendo no Bloco O, com previsão de término para o segundo semestre de 2022, visando melhorar a acessibilidade às instalações, com sanitários para portadores de necessidades especiais, visto que os existentes não atendem ao estabelecido pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT/NBR 9050), readequar os laboratórios do curso de Agronomia e, também, efetuar a substituição do telhado de fibrocimento por telha termo acústica. O bloco receberá, ainda a instalação de plataforma elevatória.

Quem visitou o campus nos últimos meses ou transita pela rua lateral, que acessa o Centro Universitário de Pato Branco (UNIDEP), certamente observou as mudanças realizadas na área que pertence à UTFPR. O barranco que havia do lado de baixo do Bloco W (Biblioteca), em frente ao ponto de ônibus, já está todo murado (muro de arrimo) e também instalado o alambrado, em substituição às cercas de arame farpado, arame liso e tela galvanizada, com montantes em mourões em concreto armado que haviam. Na primeira etapa, foram instalados 619,8m de alambrado, iniciando na guarita, continuando até o portão nos fundos do Restaurante Universitário (próximo ao Parque Tecnológico, da Prefeitura Municipal). Além disso, a UTFPR foi notificada pela Prefeitura Municipal e pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (CREA-PR), para que execute calçadas na rua de acesso à UNIDEP, desde a guarita, próximo do Bloco W, até o Bloco K. Em face do contexto e da necessidade, Carneiro explica que “o projeto será realizado em duas etapas, totalizando cerca de 2.000m”.

O principal aspecto considerado para estas obras, segundo Carneiro, “visa proporcionar maior segurança, tanto no deslocamento dos alunos, servidores e público em geral, uma vez que, até então, usavam a pista destinada aos veículos, por não dispor de calçadas para os pedestres, melhorar as condições de controle de acesso de veículos de cargas pesadas no portão dos fundos do Bloco Q e, também, melhorar as condições de segurança pessoal e patrimonial”, relatou.

O Campus apresenta, ainda, inúmeras outras demandas para execução, a saber: Instalação de novos alimentadores para os Quadros de Distribuição Geral (QDG) e Quadros de Força (QF) e Rede Lógica dos Blocos H, I e J; Áreas de convivência bloco N; Alimentação elétrica Bloco A com o QGBT Bloco F; Sistema de Proteção de Descarga Atmosférica (SPDA) e ancoragem de todos os prédios e passarelas (projeto e execução); Comunicação Visual e Acessibilidade; Troca dos telhados de fibrocimento dos Blocos B, D, L, M, N, W, V, U e R; Reforma dos sanitários dos Blocos B, D, H, I, J, N, Q e S; Muro e alambrado no perímetro das divisas da UTFPR 2ª etapa; Conclusão do Anfiteatro Bloco A, com sistema de ar-condicionado, poltronas, revestimento de piso parede e teto com sistema acústico, cenários com cortinas dotadas de sistema deslizante automatizado, plataforma para portadores de necessidades especiais, etc; Manutenção de equipamentos; Equipamentos de Áudio e Vídeo para gravação e transmissão de aulas; Equipamentos e mobiliários diversos.

Nesta relação se inclui, também, a ampliação da infraestrutura, com a construção dos Blocos J2 com área estimada de 5.596,90m², composta por duas torres com 5 pavimentos. A estrutura será destinada para garagem no piso térreo, laboratórios, salas de aula e salas de professores. Na última laje de uma das torres será destinada para a instalação de equipamentos (observatório espacial de Astronomia); construção da segunda etapa dos muros de arrimos e alambrados, totalizando 1.168,24 metros; restauração e pintura das fachadas de diversos Blocos; substituição do telhado dos Blocos B, D, L, M, N, R, K, K1, K2, V, W, que atualmente são de chapas de fibrocimento por chapas metálicas dotadas de isolamento térmico acústico; reforma de sanitários para a acessibilidade; e a instalação de toda a comunicação visual de todos os ambientes do campus.

 
Vista da fachada do projeto do Bloco J2 

Estas demandas de melhorias futuras foram referendadas pelo Conselho de Campus, demandando, ainda, estudo e planejamento para a obtenção dos recursos e os demais aspectos fundamentais que viabilizem a execução.

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