Comissão de Combate ao percurso "Karoshi"
Karoshi é um termo japonês formado pelos ideogramas Ka (過), que significa 'excesso' ou 'passar'; Ro (労), que representa 'trabalho' ou 'esforço'; e Shi (死), que significa 'morte' - traduzido como “morte por excesso de trabalho”. Esse conceito surgiu no Japão a partir da mobilização de famílias das vítimas e de ativistas, ganhando em seguida reconhecimento médico e respaldo judicial no país.
O karoshi descreve o fenômeno de morte súbita, geralmente sem sinais prévios de doença, de trabalhadores e estudantes submetidos a condições de trabalho intensamente estressantes e a uma carga horária excessiva.
O percurso do karoshi começa pela fadiga intensa e exaustão física e mental e acelera o desenvolvimento de doenças graves, principalmente cardiovasculares e psiquiátricas, resultando em casos de AVCs, ataques cardíacos e até suicídios que afetam uma faixa etária jovem, com casos documentados entre 22 e 50 anos.
Embora o conceito tenha surgido no Japão nos anos 70, ele se tornou relevante para descrever esse fenômeno em qualquer país onde predominam longas jornadas de trabalho. A expansão global do conceito é reforçada por um estudo conjunto da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), que analisou dados de 194 países entre 2000 e 2016 e concluiu que trabalhar 55 horas semanais ou mais aumenta significativamente os riscos de doenças cardíacas isquêmicas e AVC.
Hoje, a luta contra o karoshi já é amplamente reconhecida por governos em outras partes da Ásia, como Coreia do Sul, Singapura e China, e começou a ganhar atenção em países ocidentais após casos notórios, como o do estagiário Moritz Erhardt, do Bank of America Merrill Lynch, que faleceu após trabalhar 72 horas seguidas na Inglaterra. No Brasil, já há alguns estudos sobre o tema e casos judiciais em que o termo aparece.
Fontes: Grupo de Pesquisa do Karoshi
Global, regional, and national burdens of ischemic heart disease and stroke attributable to exposure to long working hours for 194 countries, 2000–2016: A systematic analysis from the WHO/ILO Joint Estimates of the Work-related Burden of Disease and Injury
Na UTFPR, a Comissão de Combate ao Karoshi é uma resposta institucional à necessidade de conscientização sobre o tema e ações de proteção para a comunidade acadêmica. Por meio de eventos, divulgação científica, pesquisas e articulações institucionais estratégicas, a Comissão se dedica a aprofundar a compreensão dos riscos associados ao excesso de trabalho e a implementar ações preventivas contra o karoshi na Universidade.
Para entrar em contato com a comissão, envie e-mail para: combate_karoshi@utfpr.edu.br.
Mais informações sobre as ações realizadas pela Comissão:
- Grupo PET UTFPR CURITBIA: Estudos em Evasão e Retenção
- Grupo de Pesquisa e Combate ao Karoshi (CNPQ) http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/798732
. - Lançamento público da comissão do karoshi em 08/08/23 no Miniauditório da UTFPR (em 08/08/23)
. - Notícia: Com mesa-redonda, UTFPR lança campanha de combate ao Karoshi (em 03/08/23)
- Notícia: Combate ao Karoshi no Campus Curitiba : UTFPR promove evento de conscientização (em 30/10//23)
- Conferência: Particição na V Conferência da Teoria Hisórico e Cultural (em 29/11/23)
- Notícia: Reunião de combate ao karoshi da UTFPR reúne docentes e servidores em Ponta Grossa (em 06/02/24)
Leituras recomendadas sobre o tema:
- .....
Mais informações sobre os membros que compõe a Comissão:
- Portaria de Pessoal GABIR/UTFPR nº 2093, de 09 de dezembro de 2024 - designa Comissão responsável por organizar campanhas e eventos para o combate ao percurso “Karoshi” na UTFPR.
Portarias anteriores:
- (revogada) Portaria de Pessoal GABIR/UTFPR nº 475, de 03 de abril de 2024 - designa comissão responsável por organizar a Campanha e eventos decorrentes para o combate ao “Karoshi” na UTFPR.
- (revogada) Portaria de Pessoal GABIR/UTFPR nº 851, de 11 de julho de 2024 - inclui membro na comissão designada pela Portaria de Pessoal GABIR/UTFPR nº 475/2024.