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Professor publica artigo em periódico internacional

Professor publica artigo em periódico internacional

Publicado 12/6/2019, 5:26:48 PM, última modificação 7/1/2020, 11:13:24 AM
Prof. Daniel Debona é coautor de artigo sobre importante doença da soja

Sintomas do mofo branco (a–i), severidade (j) e área da lesão (k) em folíolos de soja inoculados com Sclerotinia sclerotiorum não tratados (a–c), tratados com fosfito de manganês (d–f) ou fluazinam (g–i).

O mofo branco, causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, é uma das doenças mais importantes da cultura da soja. De acordo com o Prof. Debona, cerca de ⅓ da área de soja brasileira está infestada com o fungo. “O fungo forma uma estrutura de resistência, denominada escleródio, que pode sobreviver no solo por longo período. Além disso, S. sclerotiorum infecta mais de 400 espécies de plantas, incluindo o algodoeiro, a batateira, o feijoeiro, o girassol, o tomateiro, dificultando o controle via rotação de culturas”, destaca o Professor. O Prof. Debona ressalta que o mofo branco é favorecido por temperaturas amenas (13-20°C), fazendo com a doença normalmente seja mais importante em altitudes acima de 600m, a exemplo dos Campos Gerais do PR. Estudos recentes mostraram que para cada incremento de 10% na incidência do mofo branco ocorre redução de 172 kg/ha na produtividade da soja, evidenciando o seu alto potencial de dano.

Um artigo sobre o mofo branco na soja foi publicado recentemente na prestigiosa revista Acta Physiologiae Plantarum, com coautoria do Prof. Debona. O trabalho constituiu parte da Dissertação de Mestrado de Maria Izabel Costa de Novaes e foi orientado pelo Prof. Fabrício de Ávila Rodrigues, do Departamento de Fitopatologia da Universidade Federal de Viçosa. O estudo teve como objetivo investigar o potencial do fosfito de manganês (um produto alternativo) e do fungicida fluazinam na mitigação dos danos ao aparato fotossintético induzidos pela infecção fúngica em plantas de soja.

Os resultados mostraram que o fosfito de manganês reduziu a severidade do mofo branco e aumentou a performance fotossintética em folíolos de soja infectados por S. sclerotiorum, confirmando o potencial do produto em limitar as disfunções fotossintéticas decorrentes da infecção pelo patógeno. Além disso, o fosfito de manganês inibiu o crescimento micelial do fungo bem como induziu respostas de defesa nos folíolos de soja, demonstrando seu modo de ação dual no controle da doença.

“Os resultados do estudo indicam o potencial do fosfito de manganês para ser incorporado no manejo integrado do mofo branco da soja”, conclui o Prof. Debona. O artigo pode ser conferido no seguinte link: https://link.springer.com/article/10.1007/s11738-019-2976-9

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