Professor da UTFPR está entre os três finalistas do Prêmio José Reis 2025
A Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) está entre os três finalistas do Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica 2025. A iniciativa busca reconhecer divulgadores de conteúdos digitais sobre as mudanças climáticas e impactos socioambientais.
O docente do Campus Pato Branco Marcos Paulo Belançon concorre com o projeto de extensão Lógica Eco, que traz uma série de vídeos para popularizar conhecimentos sobre energia e sustentabilidade. O projeto foi criado a partir de uma demanda da empresa Ecológica Aquecedores Solares para que as pessoas pudessem compreender melhor sobre a energia solar. “Muitas pessoas não entendem o assunto de maneira ampla. A gente fez uma série para explicar essa questão da energia, das mudanças climáticas, da importância da energia renovável e, no meio dessa discussão, falar também sobre o papel da energia solar térmica”, explica.
Para isso, a empresa contratou um produtor de audiovisual e trouxe doações de acessórios para o laboratório de pesquisas na UTFPR. O docente levou cerca de um ano na produção dos vídeos, com cerca de 5 minutos cada, com a realização de filmagens em diferentes locais.
Para garantir a qualidade dos conteúdos a serem divulgados, o pesquisador estudou materiais, consultou colegas e profissionais de outras áreas, sempre em busca da melhor didática. “Será que as pessoas vão entender? Será que eu tenho que falar de outro jeito? Tem como a gente filmar isso? De que maneira que a gente filma? Como que faz? E assim a gente foi montando e produzindo os vídeos”, conta.
Agora está em discussão a realização da segunda temporada de vídeos, junto com a empresa. Segundo o professor, o objetivo é aproveitar o contexto favorável em que está sendo criado um centro de pesquisa em transição energética no Campus Pato Branco e em que foi aprovado o projeto de pesquisa de hidrogênio verde, do qual ele participa.
A ideia é começar os trabalhos após o retorno de Belançon ao Brasil, que está fazendo pesquisas no Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), em Orleans, na França.
Premiação
Quando soube que era finalista, Belançon ficou surpreso com a notícia. Como o telefone dele não está funcionando na Europa, a organização tentou contatá-lo por e-mail. “Recebi uma mensagem falando que o presidente do CNPq precisava falar comigo. Era totalmente inesperado. Eu liguei, ainda achando meio estranho aquilo. E o professor Ricardo Galvão, que é uma pessoa que eu respeito e admiro há vários anos, falou que eu estava entre os finalistas”, conta.
A cerimônia de premiação acontecerá no dia 29 de outubro, no auditório do CNPq, em Brasília. Como Belançon está em atividade científica na França até abril de 2026, ele será representado pelo docente Marcelo Sandrini na solenidade.
O primeiro e o segundo lugar receberão prêmios de R$ 20 mil e R$ 10 mil, respectivamente, além de troféus e certificados. O terceiro colocado terá menção honrosa e um certificado de reconhecimento.
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Nesta edição, o Prêmio José Reis adota de forma inédita a divulgação científica nas mídias digitais como categoria única, com o tema “Caminhos científicos nas Mudanças Climáticas”. O reconhecimento é promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Além do docente da UTFPR, também concorrem à premiação Heloá Carlos, da Universidade Federal Fluminense (UFF), com a série Mudanças Climáticas do podcast Biologia In Situ; e Josinaldo do Nascimento, do Instituto Federal do Pará (IFPA/Bragança), com o projeto Mexericos na Maré.