Home
/
Notícias
/
Últimas notícias
/
Pesquisadores da UTFPR transformam resíduos da indústria têxtil em matéria-prima

Pesquisadores da UTFPR transformam resíduos da indústria têxtil em matéria-prima

Publicado 11/1/2024, 3:16:32 PM, última modificação 11/1/2024, 3:17:06 PM
Projeto foi um dos destaques do Prime 2024, que premia melhores iniciativas do Estado

Um projeto da UTFPR fabrica materiais porosos, usando resíduos da indústria têxtil como matéria-prima. A iniciativa foi premiada pelo Programa de Propriedade Intelectual com Foco no Mercado (Prime), do Paraná Faz Ciência 2024.

Sob a coordenação do professor Fabricio Maestá, outros docentes e discentes participam da pesquisa. O desenvolvimento da solução levou cerca de cinco anos, incluindo trabalhos de conclusão de curso e uma dissertação, no Campus que fica em Apucarana, a cidade conhecida como “Capital do Boné”, que concentra grande parte da economia local no setor têxtil.

De acordo com Maestá, a saída mais habitual é a reciclagem física, como criar tapetes ou fios, a partir dos resíduos. Já a proposta da UTFPR é fazer a reciclagem química de itens, que em sua maioria são poliéster. Assim, transforma os resíduos em material poroso para ser aplicado na própria indústria têxtil e nas áreas de engenharia química, ambiental, entre outras. “O que temos hoje aqui em Apucarana é que o descarte é feito em aterros sanitários e as indústrias são corresponsáveis pelos resíduos. E, quando é feita a reciclagem, como tapetes, essa transformação tem pouco valor agregado”, explica.

Mercado

A equipe da UTFPR recebeu mentorias e apresentou o projeto até ser uma das contempladas pelo financiamento do Prime 2024 deste ano.

Com isso, a pesquisa terá continuidade com o recurso de R$ 200 mil, oriundos da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti), em parceria com a Fundação Araucária e o Sebrae-PR. Assim, será possível manter mais estudantes de graduação e pós-graduação como bolsistas.

Em termos de mercado, há empresas nacionais e internacionais interessadas em trabalhar em conjunto para o desenvolvimento do produto. A expectativa é de que, em dois anos, ele esteja disponível em maior escala, uma vez que a patente é da UTFPR. “O importante é isso sair dos muros da universidade e de fato ir para a população. Por exemplo: com o material poroso é possível criar têxteis antimicrobianos tanto para vestuário quanto para têxteis técnicos”, destaca Maestá.

Prime 2024

Foi o segundo ano consecutivo em que a UTFPR foi a instituição com mais projetos finalistas no Prime, que aconteceu no âmbito da Semana Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – Paraná Faz Ciência 2024. Ao todo, 105 propostas de todo o estado concorreram. Desse total, 10 foram classificadas como finalistas, sendo cinco da UTFPR.

Reportar erro