Suspensão de calendário: Presidência do Cogep relata reunião
No dia 06 de junho de 2024, o Conselho de Graduação e Educação Profissional (COGEP) realizou uma reunião para apresentar o estudo do impacto de uma possível suspensão do calendário acadêmico. Esta discussão foi motivada por ofícios recebidos de entidades estudantis, docentes e técnicos administrativos (TAs) em 14 de maio, após uma assembleia conjunta realizada em 08 de maio.
O estudo foi conduzido por uma comissão especial do COGEP, constituída em 14 de maio, e entregue ao Presidente do COGEP em 23 de maio. A apresentação do estudo ocorreu em várias etapas: aos diretores de graduação em 23 de maio, ao comando de greve unificado em 29 de maio, e ao Diretório Central dos Estudantes (DCE) estadual em 04 de junho.
Aprovação do estudo
Na reunião, o estudo foi apresentado e aprovado com 41 votos favoráveis, 2 votos contrários e 2 abstenções. Em seguida, foi proposta a elaboração de um texto de recomendação para ser encaminhado ao Conselho Universitário (COUNI), refletindo o entendimento do COGEP sobre a suspensão do calendário. Foram colocadas em votação duas propostas: a manutenção do calendário ou sua suspensão. Dos 47 conselheiros presentes, 15 votaram pela manutenção e 32 pela suspensão do calendário. Posteriormente, o conselho foi consultado sobre o início da suspensão, resultando em 13 votos para a suspensão imediata e 34 para a suspensão ao final do semestre.
Tema polêmico
Essa não é uma decisão final, pois a deliberação cabe ao COUNI, em reunião a ser marcada para o dia 14 de junho. A suspensão do calendário busca atender às demandas do movimento grevista unificado, evitando prejuízos maiores antes que os termos do acordo de finalização da greve possam ser negociados. Esta medida permite que estudantes prestes a se formar completem o período e possibilita a criação de soluções técnicas para a diplomação, inclusive para aqueles em programas de dupla diplomação e outras situações especiais.
Devido ao teor polêmico do tema, houve uma série de opiniões divergentes e discussões em busca das melhores abordagens. O estudo apresentado destacou a preocupação da gestão em garantir justiça aos estudantes, propondo alternativas como o cancelamento de disciplinas, exames de suficiência e a não contabilização no coeficiente de rendimento.
Jean-Marc Lafay, presidente do Conselho de Graduação e Educação Profissional