Análises
Por que realizar a análise de potabilidade de água?
A água que vem de estações de tratamento, poços ou fontes pode sofrer alterações ao longo do trajeto até o consumo, comprometendo sua potabilidade e segurança.
A potabilidade é a condição da água que a torna própria para o consumo humano — ou seja, segura para beber, cozinhar e usar no preparo de alimentos, sem oferecer riscos à saúde. Além disso, é essencial para a indústria, sendo um dos fatores atuantes na garantia da qualidade do produto final, protege equipamentos, assegura processos seguros e higiênicos, e evita contaminações. Também, cumpre exigências legais e reduz custos com manutenção e desperdícios.
Análises regulares são essenciais para assegurar que a água consumida mantenha sempre os padrões de qualidade e segurança.
Serviços
Análises microbiológicas – água
- Coliformes totais (presença/ausência)
Indica a presença de contaminação por matéria orgânica e possível entrada de microrganismos patogênicos na água. Sua presença representa risco sanitário, pois pode sinalizar falhas no tratamento ou na distribuição, além de aumentar o risco de doenças de origem hídrica, como gastroenterites e infecções.
- Escherichia coli (presença/ausência)
Indica contaminação fecal recente na água, sendo um forte sinal de presença potencial de patógenos. Sua presença representa alto risco à saúde, podendo causar doenças gastrointestinais, infecções urinárias e até complicações graves, além de indicar falhas no tratamento e na proteção da fonte de água.
Análises físico-químicas – água
- Alcalinidade
Indica a capacidade da água de neutralizar ácidos, ajudando a controlar o pH, evitar corrosão e incrustações em sistemas, além de proteger a vida aquática e otimizar o tratamento de água e efluentes. Se baixa, pode causar corrosão e instabilidade de pH; se alta, pode elevar o pH, reduzir a eficácia de desinfetantes e formar incrustações.
- Alumínio
Indica a presença de resíduos de coagulantes usados no tratamento ou de contaminação natural do solo e rochas. Em excesso, o alumínio pode causar toxicidade para organismos aquáticos, prejuízos ao sistema nervoso e ao trato gastrointestinal em humanos, além de afetar o sabor e a turbidez da água, comprometendo sua qualidade.
- Amônia
Indica a presença de matéria orgânica em decomposição e é um parâmetro de qualidade da água, tanto para consumo quanto para ambientes aquáticos. A matéria orgânica decomposta é um indicativo de poluição, favorecendo o desenvolvimento de microrganismos e a liberação de substâncias tóxicas. Além disso, pode formar cloraminas que reduzem a eficácia da desinfecção e podem causar gosto e odor desagradáveis.
- Cloretos
Indica a presença de sais dissolvidos e pode revelar contaminação por esgoto, águas salinas ou efluentes industriais; em excesso, causam corrosão em tubulações e equipamentos, alteram o sabor da água e podem prejudicar plantas e organismos aquáticos.
- Cloro Residual Livre
Garante que a água permaneça desinfetada ao longo da rede de distribuição, evitando contaminações. Porém, pode causar irritações na pele, olhos e mucosas, alterar o sabor e o odor da água e até afetar organismos aquáticos quando descartada.
- Condutividade Elétrica
Indica a quantidade de íons dissolvidos na água, refletindo sua mineralização e possível contaminação por sais ou efluentes. Em níveis elevados, pode afetar o sabor da água, danificar equipamentos por incrustações ou corrosão e prejudicar organismos aquáticos sensíveis a mudanças iônicas.
- Cor Aparente
A análise de cor aparente é importante porque indica a presença de substâncias dissolvidas e em suspensão (como matéria orgânica, metais e argilas), podendo sinalizar poluição ou tratamento inadequado. Valores altos prejudicam a estética da água, interferem na desinfecção e podem indicar risco à saúde.
- Dureza Total
Indica a quantidade de sais de cálcio e magnésio dissolvidos. Quanto maior a concentração desses compostos, mais dura é considerada a água. A dureza elevada causa incrustações em tubulações, caldeiras e equipamentos, reduz a eficiência de sabões e detergentes e pode alterar o sabor da água.
- Nitrito
Indica contaminação recente por matéria orgânica ou esgoto. Em excesso, são tóxicos para organismos aquáticos e podem causar em humanos a síndrome do bebê azul (meta-hemoglobinemia), além de formar compostos cancerígenos (nitrosaminas), representando risco à saúde.
- pH
Indica a acidez ou alcalinidade da água, essencial para manter o equilíbrio químico, a eficiência do tratamento e a segurança da vida aquática e humana. Se muito baixo (ácido), abaixo de 6, pode causar corrosão, toxicidade e morte de organismos aquáticos. Se muito alto (básico), acima de 9,5, pode provocar incrustações, reduzir a eficácia de desinfetantes e também prejudicar os organismos aquáticos.
- Sólidos Dissolvidos Totais (SDT)
Indica a quantidade total de sais minerais e outras substâncias dissolvidas na água, refletindo sua qualidade e origem. Em excesso, os STD podem alterar o sabor da água, reduzir sua potabilidade, danificar equipamentos por incrustações e afetar a saúde de organismos aquáticos e humanos, especialmente quando contêm compostos tóxicos.
- Sulfatos
Indica a presença natural de sais no solo ou possíveis descargas industriais. Em excesso, podem causar efeito laxativo e irritações gastrointestinais em humanos, além de corrosão em tubulações e equipamentos e alteração do sabor da água.
- Turbidez
Indica a presença de partículas em suspensão na água (como argilas, matéria orgânica e microrganismos), servindo como indicador de poluição e de eficiência do tratamento. Em níveis elevados, a turbidez prejudica a desinfecção, protege microrganismos patogênicos, altera o aspecto estético da água e pode comprometer a saúde dos consumidores.
- Ferro
Analisar o ferro em amostras de água é importante para verificar problemas estéticos e operacionais, como manchas em louças, roupas e superfícies, além de alterar o sabor e o odor da água, mas a necessidade de análise está mais ligada a avaliar a qualidade para consumo humano e o impacto em sistemas de tratamento. Embora essencial para a saúde em pequenas doses, altas concentrações de ferro na água podem, a longo prazo, causar problemas gástricos, e o excesso pode prejudicar o bom funcionamento de encanamentos, tubulações e equipamentos.




